Gestão de dívidas

 

Quais dívidas são mais frequentes?

Cheque especial, empréstimos sem garantia, financiamentos de bens e atrasos em faturas de cartão. Todas essas modalidades envolvem encargos diários e podem se tornar insustentáveis rapidamente. Outras dívidas comuns incluem carnês de lojas, financiamento de veículos e empréstimos entre pessoas físicas sem formalização.

Qual a ordem de prioridade no pagamento?

Concentre esforços nas dívidas com taxas mais elevadas. Negocie descontos ou prazos alongados. Considere a portabilidade para linhas mais baratas, como consignado em folha de pagamento. A sequência sugerida é: primeiro quite o cheque especial, depois o rotativo do cartão, em seguida empréstimos pessoais, depois financiamentos e por último dívidas sem juros ou com taxas muito baixas.

Como negociar dívidas com credores?

Entre em contato proativamente antes que a dívida vá para cobrança judicial. Demonstre disposição para regularizar e proponha valores compatíveis com sua capacidade de pagamento. Peça descontos sobre o valor total, redução de juros ou alongamento de prazo. Formalize tudo por escrito e exija comprovante de quitação após o pagamento. Use plataformas como Serasa Limpa Nome e consumidor.gov.br para negociações oficiais.

O que é superendividamento?

Ocorre quando os compromissos financeiros impedem a manutenção da subsistência digna. A Lei 14.181/2021 assegura o direito à renegociação coletiva e proíbe práticas abusivas de cobrança. O superendividado pode solicitar instauração de audiência de conciliação onde todos os credores participam simultaneamente, evitando acordos fragmentados que comprometam ainda mais a renda.

Como sair do ciclo de endividamento?

Primeiro, pare de contrair novas dívidas imediatamente. Corte cartões de crédito se necessário. Segundo, elabore um orçamento de crise, reduzindo todas as despesas não essenciais. Terceiro, negocie as dívidas priorizando as mais caras. Quarto, busque aumentar a renda através de trabalhos extras. Quinto, considere vender ativos não essenciais. Mantenha o foco e a disciplina até a completa quitação.

Quando procurar ajuda profissional?

Se as dívidas ultrapassarem 50% da renda mensal, se houver processos judiciais em andamento, se você não conseguir organizar sozinho o orçamento ou se estiver sofrendo impacto psicológico severo devido à situação financeira. Procure programas gratuitos de educação financeira oferecidos por órgãos públicos, universidades ou ONGs antes de contratar consultorias pagas.

Referências:

Compartilhe: