Como funcionam os juros compostos?
A lógica é de "juros sobre juros". Diferente do regime simples (no qual o rendimento é calculado apenas sobre o valor inicial), aqui os rendimentos de cada período são reincorporados ao capital. Na prática, o seu dinheiro cria ramificações que também passam a "trabalhar" para você.
Isso gera um crescimento exponencial, que se acelera com o tempo.
Por exemplo, R$ 1.000 aplicados a 1% ao mês resultam em R$ 1.816,70 após cinco anos (60 meses). No cálculo simples, o rendimento totalizaria R$ 1.600. A fórmula básica que define esse cálculo é: M = C × (1 + i)ⁿ.
Por que começar a investir cedo faz tanta diferença?
O tempo é o principal aliado dos juros compostos; ele é o ingrediente mais poderoso da fórmula. Quando você começa cedo, o "efeito bola de neve" trabalha a seu favor.
Cada real que você investe hoje tem um potencial de multiplicação muito maior do que um real investido daqui a dez anos. Quem começa mais tarde precisa fazer um esforço mensal muito maior para tentar alcançar o mesmo objetivo, pois perdeu o período mais valioso de capitalização, no qual os juros acumulados fariam a maior parte do trabalho.
Como usar calculadoras financeiras?
Para visualizar esse impacto, ferramentas como a Calculadora do Cidadão (link abaixo), disponibilizada pelo Banco Central, facilitam a compreensão. Você informa o valor da aplicação inicial, o valor dos aportes mensais (se houver), a taxa de juros (mensal ou anual) e o prazo em meses ou anos. A ferramenta projeta o montante final e, o mais importante, discrimina o quanto daquele valor é referente aos seus aportes e o quanto foi ganho apenas com os juros. É útil experimentar diferentes cenários para visualizar o impacto real de aumentar o prazo ou a taxa.
Como os juros compostos afetam as dívidas?
A lógica é idêntica, mas atua de forma prejudicial e muito veloz. Em uma dívida, o "efeito bola de neve" trabalha contra você, ampliando rapidamente o saldo devedor quando não há quitação.
O rotativo do cartão de crédito ou o cheque especial são exemplos. Como as taxas são muito altas, o valor devido cresce exponencialmente. Por isso, dívidas com juros compostos devem ser tratadas como uma emergência financeira máxima, exigindo quitação urgente.
Referências: